5.12.10

Ponto Final .


Fui fraca. Estava sempre a ceder, porque te amava. Fui forte. Aguentei este tempo todo a sofrer. Porquê? Porque te amava. Dei-te tudo e não foste capaz de retribuir. Estive nas tuas mãos. Não me orgulho. Não deste valor. Agora é tarde. Espero que sejas feliz tal como eu vou ser, quando te deixar. Tenho pena por ter acabado tudo assim, não consigo olhar mais para ti. É triste meter todos os nossos momentos de lado e seguir em frente. Não sou assim. Mas aquilo que tem mais força é o que tem de se fazer. Fizeste a tua escolha. E agora eu fiz a minha. E a partir de agora, vou ser uma mulher mais forte. Nada me deitará a baixo. Não nego que ainda te amo. Mas isso vai acabar. E vai ser quando sentires a minha falta, a falta do meu amor e daquilo que eu te dei, dos nossos momentos, do meu carinho por ti e das nossas conversas, que me vais dar o devido valor. Uma coisa resta dizer. Tarde demais.

25.5.10

Meras Palavras

Escuro, aqui está escuro. Estou sentada agarrada aos meus joelhos. Não quero pensar no mundo. Não interessa o que se lá passa. É tudo invisível aos meus olhos. Carrego na tecla Play do meu mp3. Está a dar uma música que eu adoro. Concentro-me nas piedosas e minuciosas agulhas que entram pelos meus ouvidos. Arrepio-me, estes sons tão cuidadosamente estudados e intensos fazem com que me alheie de tudo o resto. Estou à procura de um sentido para a vida. Estou sozinha há demasiado tempo, preciso de alguém que me ame tal como eu sou. Desprezo tudo aquilo que seja banal e carnal, sem significado algum. Para mim isso é só passar tempo. Estou num sonho profundo, ou será pesadelo? Não reclamo a vida que levo. Há quem esteja pior. Apenas quero que neste sonho haja algum fio condutor. Assim saberei que esse será o meu caminho. As desilusões fazem parte da vida? Pergunta completamente estúpida e com resposta obvia. Mas tem um propósito. Não se pode desistir. Só a procura deste misterioso fio me faz voltar a lutar pela minha vida. Não sou fraca. Eu sei que não. Vou seguir o meu caminho com ou sem ti. Entretanto acabou a minha música. E com ela vão todos os meus pensamentos. Virá uma próxima, e mais conjuntos de letras virão.

Mónica Sena

12.4.10

Esquemas da Morte

Não tenho medo de morrer. Não tenho qualquer tipo de receio. Tenho medo, sim, de não ter tempo de perceber quem eu sou. Pavor de deixar aqueles que amo e de deixar tudo ao que dou mais valor. Sinto horror pela possibilidade de não ter tempo de viver tudo aquilo a que tenho direito. Mas não quero pensar nisso. Vou viver cada dia como se fosse o último. Não sei quanto tempo me resta aqui, neste mundo em que a vida está em constante perigo.

17.3.10

Experiências de uma Vida a Dois


E já no fim dei-te o último e doce beijo $$:


M'Sena

10.3.10

Ninguém Sabe

O que é que nós somos à vista geral do planeta em comparação com os outros seres? A maior parte dos comuns mortais dizem que somos seres racionais. Só porque pensamos. Mas não teremos instintos selvagens? Que apenas não controlamos? Temos, como todos. Porém desenvolvemos a capacidade de raciocinar, facto impressionante.
Falo aqui de relações entre homens e mulheres. Simplicidade ou algo mais complexo? Decidam vocês. Os homens e mulheres foram destinados a criar descendência, e surge então, uma tal relação. Podem não acreditar, mas é verdade. Vejamos, se isto não fosse verdade, ao que chamávamos de atracção física?
Acreditam que pode haver amizade entre estes dois sexos? Há quem ache que sim, outros o contrário. Talvez sim, talvez não. Mas passemos ao próximo exemplo: Um homem e uma mulher, amigos há mais de 2 anos (supondo), olham um para o outro, e sentem-se. Pela primeira vez sentem-se como são, e não como amigos. O que eu quero dizer é que de um momento para o outro uma amizade torna-se em algo mais. Quando estes amigos se começam a ver como amantes. Talvez seja possível amizade, porque não? Saliento mais uma vez que basta um simples toque, um mero olhar para tornar uma amizade em algo maior, um amor incondicional.
Será então os instintos adormecidos a acordarem para a realidade? A correlação entre estas duas criaturas de sexos opostos foi, é e será para ocorrer a nascença de outro individuo, e por aí em diante. Será o amor, a adoração, a paixão, a atracção? Ou mesmo amizade? Ninguém sabe.

Será a amizade um caminho para o amor?

28.2.10

Um dia alguém disse :

"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor... Lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo."

Albert Einstein

25.2.10

uma Vírgula num Romance

Dói tanto. Uma dor profunda e capaz de dilacerar o meu coração. É doloroso este processo. Advém de um amor profundamente mal inacabado. Uma virgula no nosso romance que se crava no meu peito. Cada vez com mais força. Usaste-me e eu não consegui dizer basta. Não te queria perder. Por todo o amor que sentia por ti. A noite dominou o céu e eu mudei. E já não cedo mais. Dói bastante saber que te amo e tu não me dares valor. Pode ser que algum dia seja diferente. Que a continuação do romance seja escrito sem dar valor às demais virgulas nele presentes. Um prolongamento escrito de outra maneira. De uma forma a que seja um futuro distante mas alegre e promissor. Era nisto que eu queria acreditar. Poderia ser um romance tão bonito. Mas só nós conseguiremos dar avanço à nossa história.
Agora quero estar em paz comigo e só posso fazer isso sem ti. Claro que estarás sempre no meu coração e no futuro irei amar-te incontroladamente. Mas por agora, a nossa fantástica história fica parada nesta vírgula forte e decidida.

Não é Futilidade




Não entendem mas têm de aceitar. É como eu sou. Vou tentar explicar. Eu “esqueço” facilmente pessoas que gosto. Faço isto quando não sou correspondida. Não quero sofrer. Por isso arranjei um hábito de sobrevivência. Não é propriamente esquecer. Mas sim tirar a possibilidade de me conseguirem magoar. Arrancar dolorosamente do meu mundo. Assim, não me magoarei. Posteriormente essa pessoa deixa de ser importante. Já não está presente intrinsecamente na minha existência. Como é dito pelos comuns mortais: longe da vista longe do coração. Chamam-lhe futilidade e superficialidade. Não ligo. Para mim esses adjectivos estão longe de corresponder à realidade. É a minha maneira de ultrapassar determinadas dores. Não é isso que vamos arranjando ao longo da experiencia da vida? Temos de nos proteger quando mais ninguém o faz por nós.

M'Sena

22.2.10

Liberdade


Tenho saudades de ser criança. A infância que fez de mim o que sou hoje. Um minuto de silêncio é o que basta para me recordar daquele tempo distante em que era incondicionalmente feliz. Uma fotografia, uma música, uma palavra, um olhar. Não é necessário muito, é verdade. Solta em mim uma sensação de liberdade. É como sentir uma aragem fresca. É uma realidade distante que anseio novamente. Quero entrar num mundo em que tudo é simples. Não há falsidade, ódio, tristezas. Só alegria, amor e cumplicidade. Desejo alhear-me desta verdade a que estou presa. Quero ser livre.

17.2.10

Salto Fatal

Quero saltar. Estou a morrer por dentro e quero saltar. Esquecer as dores que me afligem e a depressão que se avizinha. Sinto-me mal e quero passar para outro lado. Fujo de um poço sem fundo. Um abismo que se cria perante mim e não sei como agir. Não encontro a minha vida perdida. Esta procura infinita pela recuperação. Estou mal e nota-se. Estou a transbordar de infelicidade. Está a consumir-me por dentro tão lentamente e não posso fazer nada. Sou uma inútil. Vejo a cada segundo que passa perder algo que me pertence. Estou a ficar com um buraco no peito que me magoa e que me impede de ser feliz. Tenho vontade de saltar e desprezar tudo o que existe. Nada tem força suficiente para me levantar deste pensamento tão triste e infeliz. Predomina todo o meu ser.
Mas antes de saltar quero encontrar uma razão de viver. Porque só assim poderei ponderar o salto fatal para a mortalidade. Se não conseguir defrontar-me com este fundamento que procuro, aí, encontramo-nos numa próxima vida.

15.2.10

Incógnita ?



Oãn et oreuq redrep. A adac aid euq assap siam laicepse et sanrot.
Et-oroda uem ecod @



P.S. Sempre que não queremos demonstrar o que sentimos agimos ao contrário da evidencia.

12.2.10

# Wonderland #


A minha vida é uma montanha russa de emoções. Estas sensações que delimitam a minha existência. Como é que durante um momento me sinto pesada e noutro me sinto completamente leve? Amor, felicidade, abolia, tristeza, alegria, tédio, saudades… Enfim… Vivemos em função do bater do nosso coração, e mesmo esse é medido com altos e baixos.
Ai! Estes sentimentos que me preenchem, uns melhores que outros. Mas que seria a vida sem inconvenientes? Não seria excessivamente aborrecida? Seria demasiado fácil. Não daríamos valor ao que conseguimos com tanto esforço. E então seriamos fracos, indefesos, estupidamente frágeis. Porque? Porque não saberíamos ultrapassar tudo o que nos incomoda no nosso dia-a-dia. E aqui, nesta realidade em que vivemos, só os mais fortes sobrevivem.



Mónica Sena Duarte, Fevereiro 2010

3.2.10

Imensidão

Enterro os meus pés na areia. O molhado e o frio percorrem milímetro a milímetro os sítios mais recônditos dos meus pés. É como em câmara lenta. Depus na fina areia a toalha que trouxe. Laranja com flores amarelas. Nada de estampados feios e que ceguem os olhos. Nada disso. Simples como eu. Sentei-me e olhei para a suavidade do mar. A imensidade do oceano acalma-me. Foi nesta altura que me deparei com os meus sentimentos. Podia escrever. Rabiscar umas palavras soltas enquanto estou sozinha na ignorância do crepúsculo. Todos os meus sentimentos estavam numa folha de papel. À volta estavam uns gatafunhos em forma de coração. Tudo no amor exige de nós uma capacidade tamanha para se saber lidar. É tudo tão complexo. Mas tão delicioso e tão agradável. Penso em ti quando a minha vida abranda. Quando não tenho mais nada com que ocupar o meu tempo. Mas não quero ter-te dentro de mim. Fazes-me sofrer mas por outro lado sorrir. Como te posso odiar sabendo que te amo? São estes os momentos que consigo saber o que pretendo. Instantes estes que estou junto da escura solidão. Trespasso o meu medo e sinto-me viva. É aí que me apercebo que tenho de lutar com todas as minhas forças por aquilo que quero. Quero-te a ti. Assim te digo que vou lutar por ti, meu amor.


2.2.10

Ignora e sê Feliz


Andamos por aí e passamos por pessoas que nos transmitem um sorriso. Não te preocupes, metade dessas vezes é símbolo da falsidade. Não acreditas? Fazes mal. Deixei de ser ingénua. Porque? Olha, por todas as desilusões. Conspirações. Pensamentos. Maldade. Detesto estas pessoas. Ainda me dou a perguntar porque é que existem estas pessoas… Consegues responder?
Repulsa é o que eu sinto. Merecem ser ignoradas. Acabarão sozinhas sem apoio de ninguém. Será? Talvez não. Mas era o que mereciam. A vida é madrasta...
Tenho de expulsá-las do meu mundo. Nada me afectará. Já não fazem parte da minha existência. Mas agradeço, sim. Assim tornar-me-ei mais forte. Experimenta também!
Acredita, não merecem a tua preocupação! Revolta é a solução? Não! Não valem nada!
Que falem da tua vida, que falem de ti… Sempre és tema de conversa. Boa? Nem sempre. Habitua-te! Não podes agradar a todos.
Não te esqueças… Ignora e sê feliz…

Poema

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).


Álvaro de Campos

1.2.10

Não te Odeio.

Não te consigo odiar. Não porque não queira mas não consigo. Não quero também… Por aquilo que passámos. Fizeste-me sofrer. Eu fiz-te sofrer. Quem sabe não fomos feitos para ter uma relação tão forte. Forçámos a nossa amizade por gostarmos um do outro. Mas o nosso dia-a-dia estava cheio de desilusões, discussões mas também confiança e alegria mútua quando as ultrapassávamos. Problemas. Tristezas. Tudo esquecido. A amizade é o que se deve valorizar. Nada mais. Queríamos que resultasse. Não deu. Sim, eu errei, uma atitude impulsiva que não soube contornar, e tu não me soubeste perdoar. Ao primeiro grande obstáculo deixaste de acreditar em nós. Mas o que vivemos foi lindo. Especial é a palavra certa. E sei que só irei viver isso contigo. Porque ninguém é igual a ti. Mas acabou. Tudo o que começa acaba. Só percebemos isso depois quando não havia volta a dar. Estávamos desgastados. Cansados.
Em homenagem ao que fomos um para o outro quero agradecer-te e pedir-te para esqueceres as coisas más. Recorda com um sorriso tudo o que vivemos juntos. Afinal, nós somos memórias.

P.S.-Há pessoas que bebem para esquecer, há pessoas que se drogam para esquecer, é a realidade. Eu escrevo para esquecer. Este texto será então uma maneira de eu aceitar o fim, de esquecer as coisas más que aconteceram. E valorizar as boas tal como te pedi. Obrigado!

31.1.10

A procura *


Sentei-me. Estou num estado de indiferença. Podem-se perguntar porque. Mas nem eu consigo explicar. Sinto que nem me conheço. Ligo a televisão no Travel & Living. Não sei o que esta a dar. Absorvi-me nos meus pensamentos. Deixei-me levar porque preciso disto. Necessito arranjar força para ultrapassar este tédio. A indiferença que me consome dia após dia. Esta busca infindável de energia.
Receio cair neste poço sem fim. Busco de modo ofegante no meu mais intimo ser a resposta que procuro. Uma procura sem data prevista.

União



Porque foi algo que nos uniu. Mais que uma palavra. Um olhar.

Eu, Ele e uma Paixão $ Parte 2


Foi aqui, neste bar, que tudo recomeçou. É o bar mais usual da minha zona. Bastante frequentado porém com bom ambiente. Uma música calma por trás. Não demasiado chique, mas com graciosidade. Serviço prestável. É o meu sítio predilecto para uma noite bem passada. Solitária ou satisfeita. É para aqui que eu venho.
Foi à não mais que um ano. Estava a festejar com as minhas amigas a entrevista que tinha conseguido. Não sabia o meu futuro. Mas naquele momento nada interessava. Queria comemorar pela minha vida começar por fim a tomar uma linha. Trabalho. Primeiro nível profissional. Depois pessoal. O primeiro objectivo estava a ser concretizado. O segundo não tinha data. Desviei o olhar para a porta. Algo me chamou a atenção. Era um rapaz alto. Com olhos verdes. Bonito. Aquela cara de forma oval era-me familiar. Não conseguia saber de onde. Mas o meu coração sabia. Claro que o conhecia. E ele a mim. Algo o deve ter chamado a atenção, pois estava a olhar para mim. Será que dei nas vistas? Não, não pode ser. Teria reparado. Elas iriam reparar e iriam chamar-me a atenção. Não pode ser isso.
Até que o reconheci, era o Gustavo. Era impossível não o reconhecer. Impossível. Alguém que foi tão importante para mim no Liceu. Como me poderia esquecer?
Ouvi ao longe alguém a chamar-me. Reconheci a voz. Mas não consegui olhar na sua direcção. Estava perante o grande amor da minha vida. Não podia desviar o olhar. Será que seria visão? Algo fruto do álcool? Recuso-me a acreditar. Vejo-o a arranjar caminho entre as pessoas que nos separavam, vejo-o a chegar até à minha pessoa. Ouço com a voz divinal o meu nome. Reconhecível para mim até quilómetros de distância. Agora sim. Tinha a certeza que era ele. Estava à minha frente. A falar comigo. Ele. O meu miúdo. O meu amor.

29.1.10

O que se quer da Vida




Cada momento.

Cada olhar.

Cada sentimento.

Cada sorriso.

Cada carinho.

Cada beijo.

Tudo o que quero, quero viver contigo.

Eu, Ele e uma Paixão $ Parte 1

Matilde. O meu nome é Matilde. Um nome comum a todos os mortais. Simples. Mas foi graças a este nome banal que o reconheci. Lembro-me como se fosse hoje. Já não faz parte do meu presente. Não porque eu queira, simplesmente porque não estava destinado a ser. Mas o futuro, o futuro é o desconhecido.
Sentei-me na minha cadeira vermelha. Cor muitas vezes ligada ao amor, à paixão. Percorre-me um sentimento pelas veias. Não é nervosa. Ansiosa, sim. É ansiosa. Não me questiono. O organismo tem destas coisas. Entrevista no dia a seguir era a minha preocupação. Não era um peso excessivo. Apenas saudável. Afinal era só a minha segunda entrevista. Fui sair. Apeteceu-me. A simples realidade de passear pela rua e dedicar-me apenas à música que estaria a dar no meu MP4. Baladas. Enfim, era a minha veia sentimentalista a manifestar-se. Entrei num bar. Depositei o meu peso num banco alto e preto. Pedi um cocktail. Azul. Não o meu preferido. Servia só para me refrescar. Também para relembrar todos os momentos que passamos juntos. Foi aqui. Foi aqui que tudo recomeçou. Curiosamente no dia antes da minha primeira entrevista.

Nós :')



Espero que isto não seja um ponto final no nosso romance.
Apenas uma vírgula prolongada.