31.1.10

A procura *


Sentei-me. Estou num estado de indiferença. Podem-se perguntar porque. Mas nem eu consigo explicar. Sinto que nem me conheço. Ligo a televisão no Travel & Living. Não sei o que esta a dar. Absorvi-me nos meus pensamentos. Deixei-me levar porque preciso disto. Necessito arranjar força para ultrapassar este tédio. A indiferença que me consome dia após dia. Esta busca infindável de energia.
Receio cair neste poço sem fim. Busco de modo ofegante no meu mais intimo ser a resposta que procuro. Uma procura sem data prevista.

União



Porque foi algo que nos uniu. Mais que uma palavra. Um olhar.

Eu, Ele e uma Paixão $ Parte 2


Foi aqui, neste bar, que tudo recomeçou. É o bar mais usual da minha zona. Bastante frequentado porém com bom ambiente. Uma música calma por trás. Não demasiado chique, mas com graciosidade. Serviço prestável. É o meu sítio predilecto para uma noite bem passada. Solitária ou satisfeita. É para aqui que eu venho.
Foi à não mais que um ano. Estava a festejar com as minhas amigas a entrevista que tinha conseguido. Não sabia o meu futuro. Mas naquele momento nada interessava. Queria comemorar pela minha vida começar por fim a tomar uma linha. Trabalho. Primeiro nível profissional. Depois pessoal. O primeiro objectivo estava a ser concretizado. O segundo não tinha data. Desviei o olhar para a porta. Algo me chamou a atenção. Era um rapaz alto. Com olhos verdes. Bonito. Aquela cara de forma oval era-me familiar. Não conseguia saber de onde. Mas o meu coração sabia. Claro que o conhecia. E ele a mim. Algo o deve ter chamado a atenção, pois estava a olhar para mim. Será que dei nas vistas? Não, não pode ser. Teria reparado. Elas iriam reparar e iriam chamar-me a atenção. Não pode ser isso.
Até que o reconheci, era o Gustavo. Era impossível não o reconhecer. Impossível. Alguém que foi tão importante para mim no Liceu. Como me poderia esquecer?
Ouvi ao longe alguém a chamar-me. Reconheci a voz. Mas não consegui olhar na sua direcção. Estava perante o grande amor da minha vida. Não podia desviar o olhar. Será que seria visão? Algo fruto do álcool? Recuso-me a acreditar. Vejo-o a arranjar caminho entre as pessoas que nos separavam, vejo-o a chegar até à minha pessoa. Ouço com a voz divinal o meu nome. Reconhecível para mim até quilómetros de distância. Agora sim. Tinha a certeza que era ele. Estava à minha frente. A falar comigo. Ele. O meu miúdo. O meu amor.

29.1.10

O que se quer da Vida




Cada momento.

Cada olhar.

Cada sentimento.

Cada sorriso.

Cada carinho.

Cada beijo.

Tudo o que quero, quero viver contigo.

Eu, Ele e uma Paixão $ Parte 1

Matilde. O meu nome é Matilde. Um nome comum a todos os mortais. Simples. Mas foi graças a este nome banal que o reconheci. Lembro-me como se fosse hoje. Já não faz parte do meu presente. Não porque eu queira, simplesmente porque não estava destinado a ser. Mas o futuro, o futuro é o desconhecido.
Sentei-me na minha cadeira vermelha. Cor muitas vezes ligada ao amor, à paixão. Percorre-me um sentimento pelas veias. Não é nervosa. Ansiosa, sim. É ansiosa. Não me questiono. O organismo tem destas coisas. Entrevista no dia a seguir era a minha preocupação. Não era um peso excessivo. Apenas saudável. Afinal era só a minha segunda entrevista. Fui sair. Apeteceu-me. A simples realidade de passear pela rua e dedicar-me apenas à música que estaria a dar no meu MP4. Baladas. Enfim, era a minha veia sentimentalista a manifestar-se. Entrei num bar. Depositei o meu peso num banco alto e preto. Pedi um cocktail. Azul. Não o meu preferido. Servia só para me refrescar. Também para relembrar todos os momentos que passamos juntos. Foi aqui. Foi aqui que tudo recomeçou. Curiosamente no dia antes da minha primeira entrevista.

Nós :')



Espero que isto não seja um ponto final no nosso romance.
Apenas uma vírgula prolongada.