1.2.10

Não te Odeio.

Não te consigo odiar. Não porque não queira mas não consigo. Não quero também… Por aquilo que passámos. Fizeste-me sofrer. Eu fiz-te sofrer. Quem sabe não fomos feitos para ter uma relação tão forte. Forçámos a nossa amizade por gostarmos um do outro. Mas o nosso dia-a-dia estava cheio de desilusões, discussões mas também confiança e alegria mútua quando as ultrapassávamos. Problemas. Tristezas. Tudo esquecido. A amizade é o que se deve valorizar. Nada mais. Queríamos que resultasse. Não deu. Sim, eu errei, uma atitude impulsiva que não soube contornar, e tu não me soubeste perdoar. Ao primeiro grande obstáculo deixaste de acreditar em nós. Mas o que vivemos foi lindo. Especial é a palavra certa. E sei que só irei viver isso contigo. Porque ninguém é igual a ti. Mas acabou. Tudo o que começa acaba. Só percebemos isso depois quando não havia volta a dar. Estávamos desgastados. Cansados.
Em homenagem ao que fomos um para o outro quero agradecer-te e pedir-te para esqueceres as coisas más. Recorda com um sorriso tudo o que vivemos juntos. Afinal, nós somos memórias.

P.S.-Há pessoas que bebem para esquecer, há pessoas que se drogam para esquecer, é a realidade. Eu escrevo para esquecer. Este texto será então uma maneira de eu aceitar o fim, de esquecer as coisas más que aconteceram. E valorizar as boas tal como te pedi. Obrigado!

1 comentário:

  1. Destinatário do "Não te Odeio"2 de fevereiro de 2010 às 18:19

    Para não dizeres que sou isto e aquilo, e porque achei que um texto destes merecia resposta, aqui vai :

    Odiar.. uma palavra que tem como significado rancor e raiva.. enfim, uma palavra muito agressiva, para começar um texto onde a tua intenção é fazeres-me “esquecer as coisas más” e “recordar tudo com um sorriso tudo o que vivemos juntos.”, não achas ?
    Continuando.. tal como em tudo, o que começa tem de terminar e creio que essa é a melhor maneira de explicar como termina a nossa relação.
    Nunca ouviste falar em erros inadmissíveis ? Para mim “aquilo” foi o suficiente para que a flor que sustentava a nossa amizade murchasse...
    A partir daí, cabia-te a ti voltar a tratar a flor que estava murcha e onde o sentimento de tristeza e solidão a assolavam, se sentisse de novo viva e alegre, ou melhor, com vontade de dizer a todo o mundo o quanto éramos amigos e não conseguíamos viver um sem o outro
    Foi uma tentativa falhada.
    Seguindo o percurso do teu texto,tal como dizes e bem, o que vivemos foi muito bonito e tal, mas acabou. É pena mas acabou.
    Há que seguir em frente e o que vier virá. Se as nossas vidas tiverem de se cruzar outra vez, muito bem, que seja muito melhor que no passado. Se pelo contrário, nada nos voltar a ligar outra vez, há que deixar a vida seguir o seu rumo, “recordando com um sorriso tudo o que vivemos juntos ” tal como pediste.
    Seguindo a tua ideia e para finalizar isto, nada melhor do que uma homenagem final ao que fomos ao qual dedico estas rimas “toscas”:

    A nossa relação foi efémera;
    Magoou e caiu por terra;
    Talvez um dia quem sabe;
    São coisas que só Deus Sabe.

    Viver e Recordar os grandes momentos;
    É nunca esquecer o que um dia
    Fomos, nem que seja só em pensamentos.

    Os grandes amigos nunca se esquecem;
    Porque,apesar das boas e más alegrias;
    Eles na memória para sempre prevalecem.

    Tudo o que houve não foi em vão;
    Pois,ficará para sempre no meu coração.

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